Ao olhar para os Estados Unidos com o sonho de uma vida nova, sempre me pergunto: quanto vou gastar, afinal? Descobri, em minhas pesquisas e experiências pessoais, que a resposta depende de muitos fatores, principalmente localização e seu próprio estilo de vida. Alguns itens pesam mais. Moradia, salário, alimentação e saúde são o coração do orçamento de quem decide morar lá. Vou detalhar os custos e as diferenças, para ajudar quem, como eu, gosta de entender cada passo antes de tomar uma decisão de mudar de país.
Moradia: o maior custo no orçamento
Começo por onde quase todo orçamento pesa mais: o aluguel. Alugar um apartamento de um quarto no centro de Nova York ou Los Angeles significa desembolsar algo entre US$ 3.000 e US$ 4.000 por mês. Isso mesmo, um valor que impressiona boa parte dos brasileiros que sonham com o glamour da Big Apple. Já quando olho para cidades menores, especialmente subúrbios e regiões interiores, como Texas, Flórida e Arizona, vi imóveis semelhantes na faixa de US$ 1.000 a US$ 1.500 mensais. Essa diferença muda vidas.
Escolher onde morar afeta todo o seu planejamento financeiro.
Em cidades como McAllen (Texas), Wichita (Kansas) e Little Rock (Arkansas), há de fato um dos menores custos para viver nos EUA, principalmente por causa dos preços mais baixos de moradia. Segundo o advogado Daniel Toledo, uma família de cinco pessoas encontra residências de três quartos entre US$ 1.200 e US$ 1.400 mensais, além dos custos iniciais de depósito e taxas girando em torno de US$ 4.500 (veja detalhes aqui). Isso reforça um ponto: grandes cidades oferecem mais oportunidades profissionais, mas a conta é mais alta; já os subúrbios e cidades pequenas compensam no orçamento e na tranquilidade do dia a dia.

Salários: quanto se ganha nos EUA?
Salário é o segundo lado da moeda quando falo de custo de vida. O salário médio anual nos EUA está em US$ 54.000, considerando profissionais de diversas áreas e níveis de experiência. No entanto, vejo diferenças grandes conforme o setor, tecnologia, saúde e finanças são campeões, chegando a salários anuais entre US$ 100.000 e US$ 150.000. Eles são o sonho de muita gente que pretende alçar novos voos.
O salário mínimo federal é de US$ 7,25 por hora, mas pode chegar a US$ 15 em estados como Califórnia e Nova York. Além disso, regiões com custo de vida mais alto oferecem salários maiores, mas tudo se equilibra quando comparo despesas e renda.
- Média nacional: US$ 54.000/ano
- Tecnologia, saúde, finanças: US$ 100.000 a US$ 150.000/ano
- Salário mínimo federal: US$ 7,25/hora (pode chegar a US$ 15/hora em alguns estados)
Vejo muita gente animada com salários altos, mas sempre gosto de lembrar que o custo em cidades de topo também é mais salgado.
Alimentação: supermercado e restaurantes
Alimentação é outro item que consome boa parte do orçamento. Os gastos em supermercado variam entre US$ 400 e US$ 800 por pessoa ao mês, dependendo dos seus hábitos e escolhas de marcas. Eu mesmo já notei que hortifruti e produtos frescos podem custar caro nas grandes redes. Quando penso em comer fora, os preços mudam bastante:
- Almoço em restaurante simples: US$ 10 a US$ 20
- Jantar em local sofisticado: até US$ 50
- Fast food (combo): a partir de US$ 5
- Café no copo: US$ 3 a US$ 5
- Lanches/sanduíches: US$ 7 a US$ 10
Outro ponto que me chamou atenção: a gorjeta nos restaurantes, entre 15% e 20%, quase obrigatória pelo padrão local. É um detalhe que pode fazer o valor final da refeição crescer rápido.
Eu gosto de fazer ajustes entre cozinhar em casa e comer fora, alternando opções para equilibrar o orçamento; cada escolha conta no final do mês. Costumo comparar preços em diferentes mercados e procurar promoções, principalmente nos primeiros meses de adaptação.
Saúde: plano e custos médicos
Quando falo sobre mudar para os EUA, saúde é uma das maiores preocupações. O sistema é baseado em planos privados. Um plano individual custa, em média, de US$ 200 a US$ 600 por mês. Já os planos familiares facilmente passam de US$ 1.000 mensais. Sem seguro, uma simples consulta médica pode sair entre US$ 100 e US$ 200. E um procedimento mais complexo? Pode chegar a milhares de dólares.
Me impressionou o preço dos medicamentos. Simples, como uma dipirona, podem custar até US$ 600 sem cobertura do plano. Emergências médicas e internações então, nem se fala: os custos podem abalar o preparo financeiro de qualquer um.
No sistema americano, prevenção e planejamento são a chave para evitar surpresas amargas.
Minhas dicas, e que também estão presentes no planejamento oferecido pela Viver Lá Fora, são:
- Comparar ofertas de planos de saúde antes de decidir
- Pesquisar clínicas comunitárias para consultas acessíveis
- Manter em dia a reserva de emergência para saúde

Despesas adicionais: transporte, internet, celular e lazer
Outros custos recorrentes nos EUA podem surpreender. Transporte tem um peso importante, já que muita gente depende do carro e da gasolina, e estacionamento em cidades grandes não é nada barato. Passes de ônibus ou metrô, em cidades onde existe transporte público eficiente, variam entre US$ 80 e US$ 130 mensais.
Celular e internet são quase indispensáveis. A mensalidade do pacote combo, com internet banda larga e telefonia móvel, gira em torno de US$ 80 a US$ 120. Lazer, como academia, cinema ou um jantar casual, pode custar de US$ 20 a US$ 75 por evento, dependendo da cidade e do tipo de programa escolhido.
Sei que o salário mais alto pode equilibrar o custo de vida, mas tudo depende das escolhas cotidianas e do estilo de vida. Uma rotina modesta em cidade pequena pode ser bem mais confortável financeiramente que uma rotina de luxo em metrópole.
Comparando com outros países
Em minhas investigações, percebi que, apesar dos gastos altos, os EUA trazem oportunidades de carreira acima da média, especialmente se comparados a países europeus, onde os custos com moradia podem ser parecidos, mas a renda costuma ser menor. O Canadá aparece como opção com saúde pública, porém é bem mais frio e exige adaptação. Austrália é um caso interessante: belas paisagens, custo de vida semelhante ao dos EUA e clima mais próximo ao do Brasil.
Na ferramenta de planejamento da Viver Lá Fora, essas comparações são práticas e ajudam bastante a tomar decisões com base no perfil de cada pessoa ou família.
Conclusão: planejamento para mudança internacional
Chegar ao valor exato do custo de vida nos Estados Unidos depende de escolhas individuais: cidade, tipo de imóvel, rotina de gastos, prioridade em saúde ou lazer… O segredo está em saber o que combina com o seu perfil financeiro e o que espera alcançar. Um bom planejamento é seu melhor aliado para evitar surpresas no bolso e transformar aquele sonho distante em um plano concreto.
Cada decisão é única e pode transformar a experiência de morar fora.
Se você está decidido a morar nos EUA ou ainda está avaliando as opções, recomendo conhecer melhor a Viver Lá Fora. Nossa ferramenta de planejamento vai te ajudar a montar um roteiro claro, detalhado e seguro para essa mudança internacional. Organize seus custos, revise suas prioridades e descubra como transformar desejo em realidade!
Perguntas frequentes
Quanto custa morar nos EUA?
O custo de vida nos EUA depende muito da cidade escolhida e do estilo de vida. Morar em Nova York ou Los Angeles pode significar gastar de US$ 3.000 a US$ 4.000 só com aluguel, enquanto cidades pequenas, como McAllen ou Little Rock, oferecem imóveis por US$ 1.000 a US$ 1.500 ao mês. Gastos médios com alimentação, saúde e transporte também entram na conta, elevando ou reduzindo o custo final.
Como funciona o sistema de saúde?
O sistema de saúde americano é baseado em planos privados, pagos mensalmente. Planos individuais custam de US$ 200 a US$ 600, familiares passam de US$ 1.000. Consultas avulsas e procedimentos sem plano podem sair muito caros, então recomendo pesquisar e contratar um bom seguro antes de se mudar.
Qual o salário mínimo nos EUA?
O salário mínimo federal atual é de US$ 7,25 por hora, mas pode chegar a US$ 15 em estados como Califórnia e Nova York. Há variação conforme região e ramo de atividade, sendo que setores como tecnologia e saúde podem pagar salários muito acima dessa faixa mínima.
Onde encontrar comida mais barata?
Supermercados de redes populares, feiras locais e mercados de bairro são ótimas opções para quem deseja economizar com alimentação. Comparar preços e aproveitar promoções semanais ajuda a manter o orçamento equilibrado. Cozinhar em casa é sempre a melhor alternativa para gastar menos e escolher melhor o cardápio.
É caro viver nos Estados Unidos?
Viver nos Estados Unidos pode ser caro, especialmente nas grandes cidades, mas tudo depende do padrão de vida escolhido. Morar em regiões mais afastadas e adaptar os gastos à nova realidade permite um equilíbrio, tornando possível uma vida confortável mesmo com orçamento limitado.
