O sonho de viver fora do Brasil está cada vez mais presente na vida de muitos brasileiros. É fácil entender os motivos: segurança, qualidade de vida, novas oportunidades e, claro, a curiosidade de experimentar o cotidiano em outro país. Mas entre o desejo e a realização existe um obstáculo importante: o custo de vida. Em 2025, será que Portugal continua sendo um destino acessível para os brasileiros ou o Brasil ainda é mais vantajoso para viver? Vamos conversar sobre cada aspecto desse dilema, comparando dados, realidades e trazendo histórias, erros e acertos para ajudar quem planeja mudar de país junto da Viver Lá Fora.
O panorama do custo de vida
A comparação direta pode ser enganosa. Nem sempre o que parece barato ao converter moedas realmente se mostra vantajoso no fim do mês. Portugal segue como um dos destinos europeus mais atrativos para brasileiros, mas, em 2025, algumas mudanças de cenário precisam ser consideradas: inflação, altas do aluguel e do custo do supermercado, além do impacto das taxas de câmbio.
O barato pode sair caro se você não calcular cada detalhe antes.
Segundo o guia prático do Diário de Notícias Brasil, o custo médio mensal para um casal sem filhos viver em Portugal gira em torno de 2.000 a 2.500 euros, já considerando moradia, alimentação, transporte, saúde e lazer. No Brasil, os valores podem variar bastante dependendo da cidade, mas em 2025, uma família similar costuma gastar entre R$ 7.000 e R$ 12.000, dependendo de padrões, região e estilo de vida.
A diferença nos salários
Salário e custo de vida andam juntos. Em Portugal, o salário mínimo em 2025 chega a 885 euros, enquanto no Brasil o valor é de R$ 1.420. No entanto, a média salarial portuguesa (cerca de 1.200 euros líquidos) ainda pode parecer baixa para quem vive em Lisboa ou Porto, cidades onde os preços explodiram nos últimos anos.
No Brasil, é difícil estabelecer uma média, pois as diferenças regionais são enormes: salários maiores em grandes capitais, mas também um custo mais alto para tudo.
- Portugal: salários mais baixos, mas a renda média pode ser suficiente em cidades menores.
- Brasil: salários variam muito, acompanhando também o grau de desigualdade social.
Moradia: aluguel, compra e alternativas
O maior peso do orçamento de quem mora fora é o aluguel. Não tem para onde correr. Segundo o levantamento citado, Lisboa é a cidade com os aluguéis mais caros de Portugal. Um apartamento de um quarto no centro pode variar entre 1.200 e 1.600 euros. Em outras cidades, como Braga ou Coimbra, valores caem para algo entre 600 e 900 euros.
No Brasil, o leque é ainda mais amplo. Nas capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, um apartamento simples no centro pode custar de R$ 2.500 a R$ 4.000. Indo para o interior, esses valores despencam.
- Dica rápida: Planeje com antecedência e use planilhas detalhadas (como as da Viver Lá Fora) para comparar cenários e não ser pego de surpresa.

Alimentação: supermercado e comer fora
Comer bem não precisa custar caro, mas tudo depende das escolhas. Em 2025, a inflação dos alimentos pegou tanto Portugal quanto o Brasil. O supermercado em Portugal segue com valores equilibrados: para um casal, os gastos mensais médios giram entre 300 e 500 euros. Em cidades menores, pode ser menos, mas tudo depende do padrão de consumo.
No Brasil, a diferença é ainda maior. Um casal gasta de R$ 800 a R$ 1.800 por mês, dependendo da cidade e do tipo de alimentos.
No carrinho, cada escolha muda o resultado do mês inteiro.
Comer fora também pesa na conta: em Portugal, um almoço em restaurante simples custa de 10 a 14 euros; já no Brasil, o mesmo prato fica entre R$ 25 e R$ 40 em locais básicos, mas nas grandes cidades pode chegar a bem mais que isso.
Transporte: carro, ônibus, metrô, como se locomover?
Ter carro em Portugal não é barato. Impostos, combustível e estacionamento podem tornar o transporte público a opção mais viável. Um passe mensal custa em torno de 40 a 60 euros. No Brasil, o transporte público é mais barato, com passes mensais em capitais variando de R$ 200 a R$ 300. Mas a qualidade, bem, deixa dúvidas.
Quem prefere carro, no Brasil, paga mais barato pelo combustível quando comparado ao salário, mas ainda assim enfrenta trânsito e, claro, segurança.
Saúde e educação: o que esperar?
Mais um ponto de dúvida para quem planeja a mudança. Em Portugal, o sistema público de saúde (SNS) atende boa parte da população pagando pequenas taxas, mas planos privados são buscados por quem prefere mais agilidade, e custam, em média, 40 a 70 euros mensais para adultos jovens.
No Brasil, o SUS é gratuito, porém, muita gente depende de plano de saúde particular, que pode ir de R$ 300 até R$ 1.200, variando por faixa etária e serviço oferecido.
Lazer e qualidade de vida
Café, cinema, academia, pequenos prazeres do cotidiano: tudo isso entra na conta do mês. Portugal oferece opções acessíveis para lazer, com tickets de cinema a 7 euros, academia a partir de 30 euros e cafés por 1 euro. No Brasil, cinema pode variar de R$ 20 a R$ 50 e academias entre R$ 80 a R$ 200, dependendo do bairro.

Valores ocultos e planejamento real
Alguns custos só aparecem quando você já está morando no país novo: tarifas bancárias, faturas inesperadas, documentação, seguros, deslocamentos periódicos para visitar a família… Por isso, o acompanhamento contínuo do orçamento com ferramentas simples e práticas, como as planilhas do Viver Lá Fora, faz toda diferença.
Você descobre o real custo de vida quando encontra o primeiro imprevisto.
Conclusão: a escolha depende de mais do que números
Não existe resposta pronta. Portugal oferece segurança, serviços públicos e uma vida mais tranquila, mas a conta pode pesar – principalmente se o aluguel consumir boa parte da renda. O Brasil segue com todas as suas diferenças internas, e morar bem depende de cidade, bairro e escolhas do dia a dia. O segredo está em planejar, simular, projetar cenários e se preparar para o inesperado. Com o apoio do Viver Lá Fora, esse passo pode ser mais simples, confiável e menos solitário.
Se sonha, pesquise. Se decidiu, planeje. E se for mesmo mudar, conte com nossas ferramentas para transformar o desejo de viver lá fora em um plano concreto, prático e sem surpresas.
Perguntas frequentes sobre custo de vida entre brasil e portugal
Quanto custa viver em Portugal em 2025?
Em 2025, o custo mensal para um casal sem filhos em Portugal varia de 2.000 a 2.500 euros, incluindo moradia, alimentação, transporte, saúde e lazer. Cidades grandes, como Lisboa, puxam os valores para cima, principalmente pelo aluguel, conforme detalhado no guia prático do Diário de Notícias Brasil. Em cidades menores, o custo pode ser abaixo desse intervalo, principalmente se optar por um estilo de vida mais simples.
Como comparar salários Brasil x Portugal?
O salário médio em Portugal é de 1.200 euros líquidos, enquanto no Brasil, a média é bastante variável. Apesar do valor nominal em Portugal ser atraente quando convertido para reais, é importante lembrar que o custo de vida acompanha esse aumento, principalmente em moradia e alimentação. Por isso, é preciso sempre analisar o poder de compra local, considerando gastos obrigatórios e o padrão desejado.
É mais barato morar no Brasil?
Pode ser, dependendo da cidade e do estilo de vida. Em cidades do interior, viver no Brasil pode ser significativamente mais barato do que morar nas capitais ou em Lisboa. No entanto, fatores como segurança, infraestrutura e serviços públicos costumam ser melhores em Portugal, o que também impacta a decisão.
Vale a pena mudar para Portugal?
A resposta é pessoal e depende das prioridades individuais. Para quem busca qualidade de vida, segurança e oportunidades em outro continente, Portugal é uma excelente opção, mas é indispensável planejar e considerar todos os custos, não apenas o aluguel ou o supermercado. Ferramentas como as do Viver Lá Fora ajudam a visualizar o custo real antes da decisão final.
Onde encontrar aluguel mais acessível?
Em Portugal, cidades como Braga, Aveiro e Évora oferecem aluguéis mais acessíveis que Lisboa e Porto. No Brasil, capitais do Nordeste e cidades do interior costumam ter valores bem inferiores a grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. O segredo é pesquisar, visitar e comparar, sempre colocando os números no papel para evitar surpresas depois da mudança.
