Planejar uma mudança internacional é um sonho para muitos, mas lidar com toda a lista de documentos pode virar um pequeno pesadelo. Se você está começando essa jornada ou já pesquisou bastante, já percebeu que ter cada papel em ordem faz toda a diferença para evitar atrasos, dores de cabeça ou mesmo perder oportunidades. Um passo de cada vez, certo?
Ao longo de mais de vinte anos acompanhando histórias de quem decidiu viver longe do Brasil, vi que, acima de tudo, organização é tudo. E quando se fala em documentos, nada substitui um bom checklist, bem simples e fácil de acompanhar, como o planejamento da Viver Lá Fora propõe. Afinal, não importa o país de destino, os requisitos oficiais mudam, mas alguns itens sempre aparecem na bagagem de quem cruza fronteiras. Vamos aos detalhes?
Passaporte é só o começo. A documentação vai muito além.
1. Passaporte válido
Ele pode parecer óbvio, mas ainda surpreende a quantidade de pessoas que deixam para tirar ou renovar o passaporte na última hora. Lembre-se: muitos países exigem validade mínima de seis meses após a data de entrada. Por isso, sempre confira com antecedência, e não esqueça do passaporte de toda a família, inclusive de bebês.
Segundo o Decreto nº 8.374/2014, o documento também permite prorrogação de estada e até autorizações especiais, então seu passaporte impacta o tipo de visto e status migratório que poderá solicitar.
- Faça a solicitação ou renovação pelo site da Polícia Federal
- Separe taxa e documentos originais (identidade, comprovante de pagamento, etc.)
- Agende o atendimento com antecedência
Parece simples, mas não caia na armadilha da pressa.
2. Visto de entrada ou residência
O visto é o carimbo oficial para sua nova vida. No entanto, cada país define tipos de visto conforme objetivo: turismo, estudo, trabalho, reagrupamento familiar ou residência permanente. Além disso, alguns países dispensam o visto para certos brasileiros, mas normalmente a estadia é curta e limitada. Quer um exemplo? No Decreto nº 9.199/2017, estão listadas condições e exceções de acordo com tratados internacionais.
A dica? Consulte o consulado ou embaixada do país escolhido. Documentos pedidos para o visto variam muito, mas em geral incluem:
- Passaporte válido
- Formulário do pedido
- Foto recente
- Comprovante de renda/emprego
- Seguro-saúde
- Documentos que comprovem vínculo (matrícula, contrato, carta convite)
Com a ferramenta da Viver Lá Fora, fica ainda mais fácil não esquecer nenhum item importante!
3. Certidões pessoais (nascimento, casamento, divórcio)
Esses documentos podem parecer supérfluos para quem nunca precisou deles fora do Brasil, mas registre: muitos processos migratórios solicitam suas certidões originais, inteiras teor, e às vezes atualizadas (emitidas há menos de seis meses).
Certidões servem para comprovar quem você é, onde nasceu e seu estado civil.
Se for viajar com filhos ou dependentes, a certidão de nascimento é obrigatória. Para casais, a certidão de casamento e, para quem é divorciado, a certidão de divórcio também pode ser solicitada. Muitos países exigem que esses papéis estejam traduzidos e com apostila de Haia, procedimento que verifica a autenticidade, principalmente após o Brasil aderir à Convenção da Haia.
4. Certidão negativa de antecedentes criminais
Para conseguir residência temporária ou outros tipos de visto, muitos governos exigem que o solicitante comprove “ficha limpa”. Como determina o Decreto nº 6.964/2009, um documento oficial de antecedentes criminais é padrão em pedidos migratórios pelo Mercosul, mas também se aplica a outras regiões do mundo.
No Brasil, a Certidão pode ser obtida online no site da Polícia Federal e também presencialmente, em cartórios e órgãos de segurança pública estaduais. Sempre verifique se há exigência de tradução juramentada.

5. Carteira de vacinação internacional
Alguns países exigem comprovantes de vacinação, principalmente contra febre amarela e Covid-19, para entrada ou permanência superior a um tempo definido. O “Certificado Internacional de Vacinação” pode ser emitido gratuitamente pela Anvisa em portos, aeroportos e, em algumas cidades, em centros conveniados.
Nunca é exagero checar se o seu destino exige vacinas específicas, principalmente para quem planeja estudar ou trabalhar na área da saúde, educação ou lidar com público.
- Leve o cartão nacional de vacinação e documento com foto
- Solicite o certificado no posto autorizado
- Armazene uma versão digital escaneada e uma impressa junto com o passaporte
6. Comprovantes de renda e vínculo
Bancos, consulados e serviços de imigração costumam pedir comprovantes financeiros durante o processo migratório. Extratos bancários, comprovantes de trabalho, declaração de imposto de renda e cartas do empregador são apenas alguns exemplos.
Esses comprovantes provam que você tem recursos e uma razão legítima para sua viagem, evitando possíveis dúvidas sobre permanência ilegal.
Comprovar renda e vínculo é sinônimo de segurança para as autoridades do novo país.
No caso de estudantes, cartas de aceite da instituição, comprovantes de bolsas de estudo ou até mesmo contratos de intercâmbio entram na lista. Organize tudo por ordem cronológica e mantenha originais e cópias digitais seguras.
7. Documentos traduzidos, apostilados e autenticados
Essa etapa costuma ser um pouco cansativa, porém obrigatória. Diversos países só aceitam documentos estrangeiros se estiverem acompanhados de tradução juramentada para o idioma local, e devidamente apostilados conforme a orientação consular. A tradução juramentada no Brasil deve ser feita por tradutores públicos registrados na Junta Comercial do estado de origem do papel.
- Tradução juramentada: respeita critérios do país de destino
- Apostila de Haia: obrigatória para documentos que circularão em outros países membros da Convenção
- Autenticação: algumas instituições ainda exigem reconhecimento de firma em cartório

E depois de reunir os documentos?
Você já percebeu: mudar de país pede o exercício da paciência, mas também de método. As exigências podem mudar conforme o país, tipo de visto, objetivo ou até durante o próprio processo - nada mais justo do que acompanhar prazos, datas de emissão e cópias. Para não correr riscos, use opções como o planejamento da Viver Lá Fora, pois ter tudo mapeado e em nuvem evita esquecimentos e adapta rapidamente cada etapa às mudanças do seu roteiro.
Documentação pronta? O caminho fica muito menos assustador.
Então, se você se identificou com as situações acima, não hesite: organize já sua lista, busque orientação de fontes oficiais e conte com plataformas especializadas para sair, finalmente, do papel para o mundo real. E, claro, para transformar sonho em realidade, conheça a Viver Lá Fora e descubra ferramentas sob medida para tornar essa transição menos complexa e mais segura!
Perguntas frequentes sobre morar fora e documentação
Quais documentos preciso para morar fora?
Os principais documentos são: passaporte válido, visto (se exigido pelo país), certidões de nascimento e casamento, certidão negativa de antecedentes criminais, carteira de vacinação internacional, comprovantes de renda e vínculo, além dos documentos traduzidos e apostilados. A lista pode aumentar conforme o destino e tipo de visto.
Como tirar visto para morar no exterior?
O processo varia para cada país. Normalmente, você solicita pelo consulado local, preenchendo formulários e apresentando documentos, como passaporte, fotos, comprovantes de renda, contratação escolar ou de trabalho. Consulte sempre os sites oficiais e, se necessário, use o Portal e-Consular para informações atualizadas sobre serviços consulares.
Preciso de carteira de vacinação internacional?
Depende do país de destino. Alguns exigem o Certificado Internacional de Vacinação, principalmente para doenças específicas como febre amarela e Covid-19. Verifique antes de viajar se seu destino exige alguma vacina e, se sim, emita o certificado gratuito nos postos da Anvisa.
Onde faço tradução juramentada de documentos?
No Brasil, traduções juramentadas são feitas apenas por tradutores públicos registrados na Junta Comercial do estado onde o documento foi emitido. Procure a lista oficial da Junta Comercial ou agende diretamente com o profissional autorizado. Nunca aceite traduções simples em processos migratórios ou universitários no exterior.
Como legalizar meus documentos para o exterior?
A legalização normalmente é feita pela Apostila de Haia, válida para países que participam da Convenção. O processo pode ser realizado em cartórios autorizados. Alguns casos podem exigir reconhecimento de firma ou outros procedimentos específicos, então sempre confira a exigência do país onde irá morar.
