Conquistar a cidadania italiana é um sonho antigo de muitos brasileiros. Eu sei disso porque, em vários fóruns e grupos que participo, vejo pessoas contando seu desejo de redescobrir raízes, ampliar oportunidades e viver fora do Brasil. Com a crescente busca por dupla cidadania, esse assunto tem se tornado cada vez mais presente. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística da Itália (ISTAT), mais de 213 mil pessoas conquistaram o passaporte europeu só em 2023, com o Brasil entre os líderes desse movimento.
O passo a passo pode parecer complicado, mas, vivendo a experiência e acompanhando a jornada de tantos brasileiros, percebo que a informação adequada faz toda a diferença. Por isso, decidi compartilhar o roteiro que ajuda a transformar o sonho de morar na Itália em um plano concreto. E durante esse caminho, contar com ferramentas como o planejamento estruturado da Viver Lá Fora faz todo o processo ficar menos estressante.
Por que tantos brasileiros buscam a cidadania italiana?
Na minha pesquisa, encontrei um dado interessante: o consulado em São Paulo aprovou quase 8 mil pedidos apenas em 2023, representando um aumento de 16% sobre o ano anterior. E em Porto Alegre, o índice de aprovação chega a 77% dos processos. Este crescimento, detalhado nas estatísticas oficiais, mostra que a cidadania italiana deixou de ser um desejo distante para se tornar meta real de milhares de famílias.
Raízes, oportunidades profissionais e liberdade de circular pela União Europeia. Eis os principais motivos.
Filhos, netos, bisnetos e até trinetos podem ter direito ao reconhecimento, desde que haja ligação comprovada com um ascendente italiano. O processo exige calma, paciência e organização.
Passo a passo da cidadania italiana em 2026
Eu sempre recomendo traçar um planejamento detalhado e seguir cada etapa, assim como sugere a Viver Lá Fora no seu método. Para facilitar, divido o caminho em seis passos que costumo indicar para quem me pede orientações:
- Descobrir o direito à cidadania
O primeiro passo é simples: identificar se existe um ancestral italiano na sua família. Importante: a cidadania é transmitida pelos pais aos filhos, sem limite de gerações, salvo restrições na linha materna (casos de mulheres que tiveram filhos antes de 1948 exigem processo judicial na Itália). Eu sempre aconselho conversar com familiares e buscar árvores genealógicas.
- Reunir a documentação necessária
Essa fase requer paciência. Você precisará das certidões de nascimento, casamento e óbito de todos os descendentes em linha reta, desde o italiano até o requerente, além de documentos pessoais. Todos os papéis brasileiros deverão estar traduzidos por tradutor juramentado e apostilados conforme a Convenção de Haia. Uma lista básica inclui:
- Certidão de nascimento (do italiano até você)
- Certidão de casamento
- Certidão de óbito (se pertinente)
- Certidões negativas de naturalização
- Documentos de identificação
No final, organize tudo cuidadosamente, pois qualquer inconsistência pode gerar atraso ou necessidade de retificação.
- Legalização e tradução dos documentos
Depois de juntar as certidões, encaminhe os documentos para tradução juramentada. Em seguida, apostile cada um deles no cartório autorizado. Cada detalhe importa, inclusive datas, nomes completos e grafia italiana. Muitos candidatos enfrentam imprevistos por erros minúsculos.
- Escolher onde entrar com o pedido
O próximo passo é decidir se você fará tudo no Brasil, esperando na fila do consulado, ou se irá à Itália para um processo presencial. A diferença principal é o tempo de espera: nos consulados, pode ultrapassar dez anos; na Itália, varia entre três e seis meses. Ambas as opções exigem preparação.
- Dar entrada no pedido
No Brasil, o pedido é feito pessoalmente no consulado da jurisdição, respeitando as regras de agendamento. Já na Itália, após fixar residência e se registrar na Comune, apresenta-se a documentação. Eu conheço quem optou por cada caminho, mas ressalto que o preparo e um bom planejamento tornam todo o processo mais tranquilo, independentemente do local.
- Aguardar o reconhecimento
Após o protocolo, resta aguardar. No consulado brasileiro, é comum esperar anos até análise e despacho favorável. Na Itália, geralmente o reconhecimento é mais ágil, mas é preciso manter-se disponível para eventuais visitas de confirmação da residência. Após o registro, solicita-se o passaporte italiano.

Cuidados e dicas importantes para 2026
Pela minha experiência e trocando com quem já percorreu esse caminho, há detalhes que fazem toda diferença. Exemplo? Certidões italianas antigas costumam conter nomes com variações. Busque sempre fontes oficiais e nunca subestime a necessidade de retificações. Outro ponto: mantenha cópias físicas e digitais separadas de cada documento.
- Confirme se algum ascendente se naturalizou brasileiro, pois isso pode impactar seu direito.
- Se optar por ir à Itália, pesquise sobre a Comune e o tempo médio do processo local.
- Use ferramentas como planilhas de controle, como as da Viver Lá Fora, para acompanhar prazos, listas e comunicações.
Não é raro se sentir perdido no começo. Eu já vi histórias de pessoas que ficaram anos paradas na etapa de reunir documentos, simplesmente por não ter clareza do roteiro. Estruturar o planejamento faz diferença, e falar com especialistas ou agentes comunitários pode ajudar esclarecer dúvidas específicas de cada família.
Vantagens de obter a cidadania italiana
Quando vejo amigos finalmente recebendo sua cidadania, noto uma alegria diferente. E não é só pela possibilidade de viajar e morar em qualquer país da União Europeia sem visto. Cidadãos italianos podem trabalhar, estudar, investir e até empreender em mercados europeus.
Liberdade, estabilidade e possibilidade de abrir portas para novas gerações.
Inclusive, filhos menores de idade recebem automaticamente o direito, garantindo um futuro cheio de possibilidades. E em meio a esse cenário, o número de novos brasileiros com cidadania italiana só aumenta, mostrando quanto essa decisão impacta positivamente na vida das famílias, como mostram as estatísticas mais recentes.

Conclusão
Conquistar a cidadania italiana em 2026 é totalmente possível, mesmo que a organização e a paciência sejam exigidas ao longo do caminho. Usando o roteiro certo e ferramentas apropriadas como as da Viver Lá Fora, muitos brasileiros transformam essa meta em realidade ano após ano. O passo mais importante? Se planeje, estude suas possibilidades e coloque o sonho em prática de forma estruturada. Você pode dar o primeiro passo hoje mesmo, aproveitando as soluções da Viver Lá Fora para planejar sua nova vida com clareza e leveza.
Perguntas frequentes sobre cidadania italiana
Como começar o processo de cidadania italiana?
O primeiro passo é pesquisar sua árvore genealógica para identificar o antepassado italiano, conversar com familiares e buscar documentos antigos. Depois, comece a reunir as certidões necessárias e defina se vai fazer o processo no Brasil ou na Itália, sempre mantendo uma boa organização no acompanhamento das etapas.
Quais documentos preciso para cidadania italiana?
Você vai precisar das certidões de nascimento, casamento e óbito (se houver) de todos os descendentes do italiano, além das certidões negativas de naturalização e dos documentos pessoais. Todos os papéis devem ser traduzidos por tradutor juramentado e apostilados conforme a Convenção de Haia.
Quanto custa tirar cidadania italiana em 2026?
Os custos variam conforme o caminho escolhido. No Brasil, você gastará principalmente com certidões, traduções, apostilamentos e taxas consulares (em torno de 300 euros). Indo para a Itália, é preciso considerar viagem, moradia, documentação e eventual contratação de apoio local, podendo ultrapassar os 20 mil reais em alguns casos.
É melhor fazer cidadania na Itália ou no Brasil?
Depende do seu perfil e urgência. No Brasil, o processo pode ser mais econômico, mas enfrenta filas longas (ano após ano). Na Itália, o processo costuma ser bem mais rápido (de três a seis meses), mas envolve custos de viagem, estadia e eventuais desafios logísticos.
Quanto tempo leva para sair a cidadania?
Nos consulados brasileiros, o tempo de espera pode superar dez anos, principalmente nas grandes cidades. Já realizando o processo na Itália, a maioria das pessoas consegue o reconhecimento da cidadania entre três e seis meses, desde que toda documentação esteja correta.
